Estela-menir com 4.70m de altura e uma espessura máxima de 0.5m, apresentando uma face bem aplanada. Encontra-se gravado em ambas as faces e numa das áreas laterais. As técnicas utilizadas são o picotado formando sulcos, o baixo-relevo e a incisão fina. Numa das faces apresenta a representação de vários machados, uma linha dupla em ziguezague, um báculo, um serpentiforme, uma linha que define uma espécie de cintura, várias covinhas e motivos circulares e sub-rectangulares, por vezes com internas. Na outra face surgem um outro báculo e mais covinhas. A sua localização em frente aos Perdigões, a cerca de 3km para Este, poderá ser significante, estabelecendo aquele recinto cerimonial um alinhamento a 90º, ou seja aos equinócios, juntamento com a grande estela-menir da Herdade do Barrocal e com a elevação de Monsaraz no horizonte).

A presença de báculos. Objectos que integram muitos conjuntos funerários votivos do megalitismo alentejano, os báculos são um elemento igualmente comum na arte megalítica, nomeadamente em menires. São interpretados como símbolos de distinção e de poder, relacionáveis com determinadas posições de destaque dentro das sociedades neolíticas. Em Reguengos de Monsaraz, estas representações ocorrem em vários menires: Bulhoa, Barrocal, Herdade das Vidigueiras ou o menir 37 do cromeleque do Xerez.

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Gonçalves, V.S.; Balbín-Behrmann, R.; Bueno-Tamírez, P. (1997) – A estela-menir do Monte da Ribeira (Reguengos de Monsaraz, Alentejo, Portugal). Brigantiun. 10: 235-254.