Anta com um comprimento total de 6.20m. Câmara poligonal de 6 esteios (todos in situ) com 3×2.2m de diâmetro e corredor com 3m de comprimento. O corredor está seccionado. Uma antecâmara com um esteio largo de cada lado e com laje de xisto de encerramento “aberta” e um troço exterior, com dois pequenos esteios de cada lado, com entrada fechada por uma laje de xisto. Esta compartimentação poderá corresponder a dois momentos construtivos distintos. A tholos encosta ao esteios do lado esquerdo da anta e está orientada à entrada daquele monumento prévio. Tem uma câmara elipsoidal com 3.5×2.8m. Junto à anta é composta por blocos graníticos e no restante por lajes de xisto. No interior preservava vestígios do derrube da falsa cúpula. O corredor mede 1.8m e é constituído por pequenos blocos de granito. Ambos os monumentos se apresentavam muito remexidos na altura das escavações e forneceram material muito semelhante: geométricos, pontas de seta, lâminas, contas de colar, lâminas e algumas placas de xisto com decoração geométrica. Registaram-se ainda alguns restos humanos.

Uma tholos (tholoi no plural) é monumento funerário que, no Alentejo, surge no 3º milénio a.C. (calcolítico) e que se caracteriza por uma cobertura em falsa cúpula. A cúpula circular é construída com fiadas de pedras sobrepostas que se vão aproximando até a um ponto em que o topo é encerrado por uma laje, não chegando a cúpula a ficar completa. Essas fiadas de pedra podem iniciar-se logo deste a base, formando as paredes da estrutura e elevando-se até à cobertura pela laje final ou as paredes podem ter um primeiro revestimento de lajes verticalizadas (normalmente de xisto), a partir das quais se eleva o restante tecto em falsa cúpula. A tholos da Comenda 2 seria deste último tipo.

Escavação arqueológica realizada pelos arqueólogos alemães Leisner em meados do século XX.

Leisner, G.; Leisner, V. (1985) – Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz (1951). Estudos e Memórias 1. Lisboa. UNIARCH. INIC.