Monumento com câmara poligonal, com 3.5×3.8 de diâmetro. Conserva vários esteios da câmara (ainda que alguns partidos), estando o corredor destruído (teria cerca de 2.4m de comprimento). Conserva vestígios do tumulus em torno dos esteios. A escavação realizada revelou um grande remeximento dos contextos, sujeitos a violações ao longo dos tempos, tendo-se recolhido alguns restos de materiais votivos e de ossos humanos muito desfeitos. Entre os materiais contam-se pontas de seta, segmentos de lâminas, fragmentos de recpientes cerâmicos, contas de colar e placas de xisto com decoração geométrica.

Como muitas antas alentejanas, esta foi sendo profusamente saqueada ao longo dos tempos. Os remeximentos provocados por estas violações remexeram os contextos arqueológicos, fazendo com que os materiais votivos ainda recupreados nas escavações realizadas se encontrassem descontextualizados, misturados e muito fragmentados, dificultando a compreensão e interpretação das deposições funerárias. Trata-se de uma situação frequente em muitos monumentos megalíticos. Neste caso, para além dos revolvimentos internos, vários esteios foram cortados ou removidos, para provavelmente serem reutilizados como material para outras construções, e a mamoa destruída para obtenção de mais área agrícola.

Escavação arqueológica realizada pelos arqueólogos alemães Leisner em meados do século XX.

Leisner, G.; Leisner, V. (1985) – Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz (1951). Estudos e Memórias 1. Lisboa. UNIARCH. INIC.